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VAREJO TEM ALTA ANUAL DE 179% NA OFERTA DE VAGAS


Segundo dados exclusivos do LinkedIn, a indústria de varejo teve a maior alta na oferta de vagas, com 179% de crescimento anual entre março de 2023 e 2024. Outros setores, como Saúde e Tecnologia, informação e mídia, tiveram os maiores declínios na oferta de emprego.

Para se candidatar ao seu primeiro emprego no varejo, o Top Voice Jeferson Belliero lembra que tirou uma tarde de folga da faculdade e foi entregar seu currículo – de papel – na loja. Hoje, cerca de 20 anos depois, ele vê o episódio como um símbolo de uma transformação total do setor e de seus profissionais.

Recentemente, a loja da Maria Pia Casa, empresa de móveis e objetos de decoração onde ele trabalha como gerente de e-commerce, colocou um cartaz na vitrine para divulgar uma posição aberta. Por dia, eles receberam dois currículos. Pelo LinkedIn, foram mais de 100.

“Todos os processos são digitais. E as pessoas precisam se adaptar”, disse ele em entrevista para o LinkedIn Notícias .

A publicação de vagas no varejo teve uma alta anual de 179% entre março de 2023 e 2024, segundo dados do LinkedIn Economic Graph. A análise mostra como a proporção de vagas publicadas em cada indústria muda de um ano para o outro em relação a todas as publicações.

Mesmo com pedidos de recuperação judicial chamando a atenção no setor, como o caso recente da Polishop, o cenário econômico, com melhora do emprego e queda dos juros, impulsionam as vendas. Dados do IBGE mostram que as vendas do comércio cresceram 2,5% em janeiro ante dezembro.

  O Dia das Mães, comemorado no dia 12 de maio e a segunda maior data de vendas para o varejo, teve projeção de movimento de cerca de R$ 15 bilhões em vendas nos setores de comércio e serviços, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Segundo Belliero, o movimento sazonal é um dos motivos por trás da alta na abertura de vagas, com as empresas se preparando para o aumento nas vendas e abrindo oportunidades em diversas frentes.

“Com o aumento nas vendas, você precisa de mais pessoas para a logística, mais vendedores, mais atendentes, mais pessoas no pós-venda. Existe toda uma base que você precisa fortalecer”, diz.

E, pelos resultados na data, ele aponta que é possível que parte dos contratados temporários sejam efetivados.

Por outro lado, a especialista em recursos humanos e Top Voice Gisele Caleffi, que possui experiência no segmento de varejo, aponta que o volume de vagas abertas não vem apenas da expansão de equipes. A retenção de trabalhadores é um grande desafio no setor, e a troca de pessoas resulta em mais vagas sendo abertas.

“A minha percepção é que o turnover tem crescido expressivamente. Muitas pessoas veem no varejo um emprego de passagem, para conseguir experiência. Depois acabam saindo para buscar mais liberdade ou qualidade de vida, considerando que há trabalho de final de semana, por exemplo”, diz.


Novo perfil


A transformação digital no varejo, acelerada nos anos de pandemia, mudou o comportamento do consumidor, que espera uma experiência conectada de atendimento e, por sua vez, exige que os profissionais da área agreguem diversas ferramentas tecnológicas ao trabalho.

Na nova experiência em múltiplos canais ao mesmo tempo, ou omnichannel, a jornada para atender um cliente se tornou mais complexa. Muitas vezes, garantir uma venda exige consultas ao site da loja, trocas de mensagens em aplicativos e navegar pelo sistema de estoque.

“O cliente chega com o celular aberto com a busca do seu produto e o preço em outros lugares”, diz o gerente de e-commerce.

Todo o cenário pede por profissionais mais preparados e qualificados. Além de saber operar computadores e celulares, Belliero vê que a inteligência artificial vai mudar mais a dinâmica de cargos e reduzir a contratação de alguns profissionais.


(Fonte: Linkedin/ Foto: Pixabay)

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